segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Denúncia, o silêncio e a infâmia

A revelação de Manuela Ferreira Leite, em programa televisivo na 5ª feira à noite, foi seguida
por um silêncio quase sepulcral. Nenhum dos jornais que se auto-proclamam como "referência"
mencionou o assunto. A excepção honrosa foi o jornal i .
Pela boca da ex-ministra das Finanças e antiga dirigente do PSD ficou-se a saber que: 1) o
governo P.Coelho-P.Portas fez uma reserva oculta de 533 milhões no Orçamento de Estado de
2014; 2) que tal reserva daria para cobrir folgadamente as consequências do chumbo no
Tribunal Constitucional – "ainda sobrariam 200 milhões", disse ela; 3) que portanto a sanha
persecutória do governo contra os reformados, com cortes drásticos nas pensões, não tem
qualquer razão de ser; 4) que desconhece a que se destina o enorme "fundo de maneio" de
533 milhões à disposição da actual ministra das Finanças – "no meu tempo este fundo era
apenas de 150 milhões", disse Ferreira Leite.
Verifica-se assim que a infâmia do governo Coelho-Portas é ainda maior do que se pensava.
Há recursos orçamentais vultosos que são sonegados, reservados a finalidades desconhecidas
do público. E, apesar disso, o governo pratica uma nova e brutal punção sobre os magros rendimentos dos pensionista

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